Que os programas das emissoras de televisão
brasileira são de péssima qualidade é indiscutível. Até mesmo os especialistas
da área, gente da própria televisão e ícones da TV brasileira, como José
Bonifácio, o Boni, já chegaram a esta conclusão. O Boni já afirmou que o programa
BBB, dirigido pelo seu próprio filho, era de total baixo nível.
As novelas são o que há de pior em termos de
qualidade, não de produção, mas de conteúdo. O que se vê é frivolidade, cenas
de sexo e mensagens sem nenhum valor moral. Segundo os autores, ao escreverem
os capítulos estão apenas retratando a realidade. Mentira! Eles estão, com suas
histórias e personagens, moldando crianças, pensamentos e filosofias de vida.
Um dia desses, esperando por um determinado jogo de futebol que aconteceria às
22 horas pude ver a que ponto os autores estão chegando. Antes das 22 horas já
é comum cenas de sexo entre os personagens. Fiquei pensando em quantos lares
aquelas cenas, com todo o clima de sensualidade, estavam chegando. Quantas
crianças estavam nas salas e nos quartos com seus olhinhos fixados na telinha acompanhando
aquilo tudo?!
Juntando essas cenas, que já são costumeiras,
mais os acessos à internet, filmes e revistas pornográficas que são expostas
sem nenhum invólucro protetor, o que podemos esperar da futura geração de
homens e mulheres? Num estudo conduzido pela Universidade da Califórnia, crianças
e adolescentes que assistem com frequência a programas com conteúdo erótico são
duas vezes mais propensos a precocidade nas relações sexuais do que aqueles que
não veem esses tipos de programas. A ideia que as crianças no futuro irão desenvolver
é a seguinte: “se todo mundo está falando e fazendo sexo, eu também preciso
fazer”.
Adolescentes de 12 anos expostos a programas
com conteúdo erótico sensual, como o programa Sex and the City e das novelas
brasileiras, experimentam o despertar sexual semelhante aos adolescentes de 14
ou 15 anos. Segundo estudos, qualquer programa que tenha um conteúdo sexual,
mesmo que seja uma piada, terá um forte impacto no comportamento sexual
adolescente.
Vários estudos demonstram que dois terços dos
programas de entretenimento dirigidos a crianças e adolescentes contêm piadas
pornográficas ou fazem referências ao sexo. O que fazer? Este é o grande desafio
das famílias, pais e mães que estão interessados na boa formação do caráter e
da moralidade dos seus filhos.
Pais e mães devem estar conscientes de que o
trabalho neste sentido é cansativo. Muitas vezes, é mais fácil “deixar prá lá”.
Dá trabalho ficar com os filhos, assistirem juntos os programas e depois conversar
as razões pelas quais não devemos assistir tais programas na família e que a
Bíblia ensina sobre o tema. Dá trabalho convencer os filhos irem mais cedo para
cama. É chato saber que podemos contrariar nossos filhos com tais posturas.
Mas não tem outra maneira de preservar os
filhos de tais programas danosos à boa formação moral. Pais e mães que desejam
proteger os filhos desses programas devem sim impor limites, desligar a
televisão depois de um diálogo amigável e esclarecedor das razões de tal
decisão. Devem sim saber que esta chateação provocada nos filhos não tem nada a
haver com uma das recomendações de Paulo em que os pais não devem provocar a
ira nos seus filhos (Ef 6.4).
Os programas de televisão piorarão, com
certeza, mas cabe aos pais estar atentos e desempenhar o papel que lhes cabe na
família, especialmente na educação dos filhos.
Vida em Família - Jornal O Batista de 06/05/12
Gilson e Elizabete Bifano
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