O país vive a expectativa do que ainda virá, depois de três semanas de mobilização de milhares e milhares de jovens pelas ruas das cidades, e dos adultos que os acompanharam nos protestos e reivindicações. Brasileiros estão em revolta, desencadeada pelos anunciados aumentos de preço nas passagens de ônibus urbanos. Mas, na esteira do sentimento revoltoso, outras exigências se fazem presentes: mais verbas e ações positivas para saúde, segurança e educação e menos cobrança de impostos e desvios do dinheiro público, via corrupção. O povo não aguenta mais a desfaçatez e desmandos de políticos e administradores públicos, que assim fazem sofrer aqueles que lhes garantem voz e votos e posições de governo pelo processo eleitoral. A voz do povo nas ruas é: BASTA! Queremos um NOVO BRASIL!
É inadmissível que se gastem bilhões de reais nas construções de campos de futebol, segundo critérios da FIFA, para sediar uma competição momentânea entre países, e deixar a população sem a devida, e requerida, assistência médica-hospitalar, ensino de boa qualidade, com respeito a professores e pedagogos, além de segurança social estendida a todos os cidadãos, não só em termos de força policial mas também em políticas públicas que atendam necessidades regionais. É inadmissível os gastos excessivos do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores, quando a quase totalidade da população brasileira vive em condições de apertos financeiros para bancar essas regalias, através de uma carga tributária escorchante em impostos e taxas e contribuições obrigatórias. É o sacrifício de muitos em favor do lucro de uns poucos privilegiados.
Parece-me que a população chegou a seu limite para suportar, com resignação e paciência, os descalabros de políticos que, em verdade, só pensam nas urnas, na próxima eleição, no próximo cargo e na posição política de poder e desgoverno. “Nas democracias de massa não há como ser diferente: a urna é a servidão dos políticos, e a racionalidade das planilhas é levada de roldão quando o sentimento popular se exprime com a súbita contundência destes dias de som e fúria”. Foi o que afirmou o jornal ‘O Estado de S.Paulo’, em editorial deste 21 de junho. Sendo assim, a classe política precisa ser despertada pelo barulho das ruas. Pode-se enganar alguns por algum tempo. Mas não se pode enganar todos por todo o tempo. E Deus não se deixa enganar por tempo algum. Não é o Brasil - a população – que precisa acordar. São os políticos corruptos e oportunistas e de mau caráter que precisam reconhecer que seu tempo de vida já terminou. O povo brasileiro – que eles dizem ‘representar’ – já não suporta mais tal estado de coisas. BASTA! BASTA! Chega de demagogias!
Se formos cuidadosos em examinar, nas páginas do Antigo Testamento, a história de Israel dos tempos bíblicos e das nações vizinhas, será fácil compreender as consequências da injustiça social, da cobrança elevada de impostos, da utilização de cargos políticos para benefício próprio, da família e de amigos, em detrimento da atenção ao povo e suas necessidades. Será fácil também perceber que Deus Jeová – o único Senhor – é Justo e exige justiça e equidade do povo e de seus governantes. Amor – Justiça – e Santidade são as palavras que sintetizam o caráter de Deus e que devem caracterizar também aqueles que proferem seu nome e se dizem ‘filhos’ seus. O Brasil precisa de novos políticos, não simplesmente “evangélicos”, mas, verdadeiramente, comprometidos com “o bem de todos e a felicidade geral da nação” – Políticos plenos da ciência e sabedoria de Deus.
Araúna dos Santos - Vitória, ES
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