“SANTO” SOB PROTEÇÃO POLICIAL

Deveria ser o contrário. O “santo” devia proteger a policia, não esta proteger aquele. O fato ocorreu em Santa Catarina. Uma imagem de um metro de altura, esculpida em madeira policromada a ouro foi roubada de um templo católico. O furto ocorreu em 1979. Os larápios a levaram para o Rio de Janeiro. O dono de um antiquário num shopping da zona sul resolveu colocar à venda a relíquia por R$ 700 mil. O valor da imagem estava embutido na sua antiguidade, século XVIII e no ouro que a cobria. Elementos que agregaram a cobiça dos ladrões. Quanto ao seu valor espiritual ou poder espiritual não havia avaliação, já que a imagem de “São Miguel Arcanjo” não foi capaz de se defender dos ladrões. Trinta e dois anos desaparecida, deixando seu lugar vazio na Igrejinha, onde ostentava o pomposo título de padroeira.

A policia do Rio de Janeiro impediu a venda da “preciosidade” e confiscou-a, fazendo-a retornar a sua origem. Mas ao levar a imagem para a Igreja constatou-se que o local não oferecia segurança para o “santo”. Decidiu-se que durante a reforma do templo, a relíquia ficaria sob guarda e proteção policial. Uma “cela” com grades de ferro e dispositivos de segurança foi feita e instalados. O monitoramento é feito durante as 24 horas do dia. Afinal, quando se lida com ladrões de relíquias, todo cuidado é pouco, especialmente quando falta ao “arcanjo” poder para se defender por si.
A notícia e o fato verídico nos desafiam à reflexão, que não quer se calar, por misericórdia. O povo festejou o retorno do “santo” à cidade. Celebrou o fato com procissões, louvores e adoração.

A história nos remete ao profeta Isaías 44.9-20, ao descrever a fabricação e adoração de uma imagem de escultura. O ferreiro faz uma imagem de metal. Com fogo, martelo e bigorna trabalha para dar a forma ao deus que pensou. Enquanto trabalha esquece até de comer e beber, por isso desfalece. Pronta a imagem passa a adorá-la como se fosse um deus. Não consegue raciocinar e concluir, diz o profeta: “Isto que está na minha mão não é um deus coisa nenhuma” (Is 44.20b).

O escultor, vs 13-14, procede da mesma maneira. Desenha com um giz a figura do ídolo. Vai à floresta e corta uma árvore. Usa uma parte da madeira para fazer um fogo; ali ele se esquenta e também assa o pão. A outra parte é usada para fazer uma imagem. Após concluí-la fica de joelhos e a adora. Faz-lhe uma oração, diz o profeta: “Tu és o meu deus; salva-me!” (v 17). Claro que nenhuma salvação vem dos ídolos, sejam relíquias históricas ou fabricadas há pouco. O lamento do profeta é profundamente triste: “Essa gente não tem juízo. Eles fecharam os olhos e não podem ver nada; fecharam também as suas mentes e não entendem nada”. Não consegue concluir: “Aqui estou eu adorando um pedaço de madeira!” (v. 18).

O pecado complica a religiosidade das pessoas. Sem Cristo o ser humano é cego e não consegue raciocinar. Não consegue concluir que o ídolo rouba do adorador a verdadeira adoração. A Bíblia afirma que a idolatria é considerada como prostituição espiritual, por isso a sua condenação. Impossível ler o Salmo 115 e permanecer ajoelhado perante uma imagem, mesmo que seja a do “Arcanjo São Miguel”, banhada a ouro. Aos que induzem o povo à adoração de imagens Deus reserva julgamento mais rigoroso. O nosso povo é crédulo por índole. Sua religiosidade é cega e sem raciocínio. Não consegue entender que uma imagem que carece de proteção policial para não ser furtada, jamais poderá abençoar e proteger alguém.

Estas pessoas precisam conhecer a Jesus Cristo, como fonte de perdão, graça e salvação. Necessita com urgência do evangelho que as leve a adorar a Deus em Espírito e verdade.

Pr Julio Oliveira Sanches
www.pastorjuliosanches.org

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