RIO + 20 E O DESENVOLVIMENTO INSUSTENTAVEL – Parte I

    Seria pouco deixar de reconhecer o esforço louvável de muitas pessoas bem intencionadas em preservar o planeta e o meio ambiente. Muitas destas pessoas motivadas por grandes sonhos de um planeta mais limpo e livre de muitos desastres antinaturais ocasionados pelo mal trato com o globo, estão reunidas em nossa cidade debatendo, gritando e buscando de alguma forma convencer os gestores do mundo moderno a atentar para uma forma de desenvolvimento que não agrida o planeta, através de um “desenvolvimento sustentável”.
    Reconhecemos que o expressivo aumento da população de forma abrupta e desordenada verdadeiramente frustra os planos tímidos e impensados de alocação de toda esta gente suprindo-as de toda a infra estrutura necessária para sua simples sobrevivência, fazendo com que cada um busque a melhor maneira de resolver os seus próprios problemas no descarte de seu lixo doméstico, de seus detritos resultado de sua existência humana e a busca desesperada de instalar-se definitivamente em um espaço que seja verdadeiramente seu, não levando em conta a agressão a natureza e nem mesmo os riscos de morte que este lugar possa lhe proporcionar.
    Somando a estes fatores sócios humanitários que são primordiais à vida e à sustentabilidade da vida humana está o desejo de nos saciarmos das facilidades do capitalismo voraz e impetuoso que não respeita regras, lugares, pessoas e que se apresenta frio e insensível aos resultados de sua sedução. E mesmo sabedores, desavisados ou inconsequentes nos utilizamos das benesses que certamente são também os nossos males.
    Diante de tamanha dualidade e desejos incontidos ou velados da satisfação e facilidades oferecidas pelo avanço tecnológico, corre o homem atrás de seu próprio rabo dando um bonito nome para algo que ele mesmo não sabe como resolver, brigando consigo mesmo, com o mundo e com aqueles que têm tornado o mundo melhor e ao mesmo tempo bem pior apelando para um desenvolvimento sustentável, em um mundo insustentável. Pense nisto!
Pr. Renato Ribeiro

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