É preciso ter coragem para andar no Espírito porque, muitas vezes, o Espírito nos envia a lugares e situações em que não entraríamos por nós mesmos. Aconteceu com a irmã Josefa Ribeiro, nossa Zefinha, da Igreja Memorial de Realengo. Ela foi convidada para o aniversário de uma sobrinha, a Vanessa, jovem que um dia já frequentou uma igreja de Jesus, mas hoje está na Umbanda, já fez cabeça para ser filha de santo. A festa seria no próprio galpão do centro de Umbanda que Vanessa frequenta. A filha da Zefinha, Luciana, advertiu a mãe: “Mãe, você vai entrar naquele centro? Mãe, eles vão te matar lá dentro”. Zefinha orou ao Senhor, aprontou-se e no sábado, dia 12 de maio, rumou para Alcântara, em São Gonçalo, onde fica o centro.
Quando ela chegou, logo viu o que esperava por ela. Homens e mulheres estavam todos fumando charutos e cigarros, todos paramentados com roupas de Umbanda, cheios de colares. Pelos cantos vários alguidares com as comidas dos “santos” já estavam preparadas para serem oferecidas. A cachaça corria solta. Zefinha foi apresentada ao dono do terreiro, que tem como patrono ninguém menos do que o Zé Pilintra. O pai de santo disse para Zefinha: “Eu já sei que você é crente; a Vanessa me falou de você”. Ela aproveitou a deixa e pediu para fazer uma oração agradecendo a Deus pelo aniversário da sobrinha. Foi dada a permissão. Havia muita gente no centro, Zefinha não é uma pessoa de alta estatura, então a própria sobrinha colocou um banco para que ela pudesse subir para ser vista por todos. O terreiro estava todo enfeitado com bandeirolas, todas as imagens permaneciam inertes nos seus altares, no ar pairava uma intensa fumaça de charutos. Zefinha subiu no banco, abriu sua Bíblia e leu o salmo 91. Pronunciou uma breve alocução sobre o teor do salmo no mais absoluto silêncio e fez uma oração.
Quando terminou, ela percebeu que lá em um canto, duas mulheres e Vanessa estavam em prantos. Essas duas mulheres eram ex-membros de igrejas evangélicas e estavam impactadas com o que acabavam de ouvir. Zefinha se aproximou delas, inteirou-se do fato de que elas eram egressas de igrejas de Jesus e aconselhou: “Voltem para Jesus; aqui não é o lugar de vocês”. Uma das senhoras respondeu: “Se a gente sair daqui, os espíritos matam a gente”. Zefinha lhes garantiu com toda confiança: “Vocês ouviram o salmo que eu li: ‘Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua casa’; confiem em Deus, voltem para Deus e o Diabo não terá poder para lhes fazer mal algum; não fiquem ai chorando; decidam agora voltar para Cristo”.
Antes de Zefinha sair, outra senhora se aproximou dela e pediu: “Vou fazer uma festa nos meus sessenta anos e queria que você viesse para fazer uma oração”. Ela está pensando e orando para decidir se vai ou não, pois entende que de nada adiantará ir lá, ler a Bíblia, pregar e orar, se as pessoas não deixarem de servir aos seus orixás. É bem provável, porém, que ela atenda ao convite. Coragem não lhe falta, porque ela é uma mulher que anda no Espírito.
João Falcão SobrinhoParábolas Vivas - OJB
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