UMA QUEBRA DE BRAÇO

Nas redes sociais o que se vê é uma verdadeira quebra de braços entre os partidários do pastor Marco Feliciano e os partidários do movimento gay. Sem perceber, os usuários das redes estão colocando em cheque a real democracia e a liberdade de expressão, valores essenciais para uma sociedade justa e livre.
A verdade é que estamos vivendo um momento impar em nossa nação e, em especial, para a igreja brasileira. Ao falar em igreja, falo não de um dado grupo denominacional e muito menos de pessoas jurídicas, mas do povo cristão, independente de suas cores denominacionais ou suas bandeiras de luta.
É sabido que ao longo da história de nossa nação a igreja sempre se fez presente, influenciando e deixando suas marcas e seus valores. É fato que, desde o seu nascedouro, o Brasil sempre foi considerado um país cristão, tendo sua cultura, suas leis e até mesmo sua organização social e política fundamentadas em valores e princípios ditos cristãos. Se atentarmos para o conjunto de leis que regeram ou que ainda regem a nação, em sua maioria foram inspiradas em valores cristãos, tendo as Sagradas Escrituras como pano de fundo, especialmente as que regem sobre a família e sua constituição.

Hoje, é como se tivesse ocorrido um novo alvorecer, onde a partir do clamor pela laicidade do estado, legisladores e juristas buscam expurgar de nossas leis todos os resquícios da religião, gerando uma verdadeira quebra de braços entre ditas minorias e seu “algozes”, os cristãos.
Se por um lado a pós-modernidade apregoa o fim dos absolutos e a instalação de um regime calcado na relatividade, onde o respeito ao pensamento do outro se torna sinônimo de democracia, encontramos, no entanto, aqueles que creem que sem os valores fundamentais e absolutos a democracia perece e a humanidade encontra o caos.
Como cristãos, precisamos aprender a respeitar o direito do outro, sem abrir mão de nossos valores e do direito de reivindicar os nossos direitos, especialmente o da livre expressão. Precisamos lutar pelo nosso direito de dizer que pensamos diferente e de expressarmos com liberdade as nossas crenças e valores. Assim como na parada gay os homossexuais expressam seus valores e clamam por serem reconhecidos, temos também o direito de marcharmos para Jesus e proclamarmos que embora nossas leis terrenas possam reconhecê-los e até aprovar os seus relacionamentos a lei de Deus condena suas práticas e repudia os seus valores no que tange a sexualidade.
Infelizmente, enquanto os nossos olhos se voltarem para a quebra de braço de Marco Feliciano e o movimento Gay, deixamos de verdadeiramente enxergar que o que está em jogo não é o direito de ser gay ou de dois gays se unirem em matrimonio, mas o direito da liberdade de expressão.
Sim, está em jogo o direito de podermos também proclamar os nossos valores de forma respeitosa, de anunciarmos os absolutos da fé, de dizermos que servimos a um Deus santo que exige santidade de seus adoradores, de proclamarmos que a homossexualidade fere os propósitos de Deus para a sexualidade humana (Rm1.26-32) e, por fim, que Deus ama o homossexual, assim como ama a todo e qualquer pecador, mas condena as suas práticas e ordena que se arrependam e tenham um novo procedimento.
Se vamos entrar nessa quebra de braços, que seja para defender os nossos direitos, respeitando o que a lei reserva de direito ao outro, sem prescindir de nossa responsabilidade de agir como sal e luz do mundo. Não permita que o amordacem, pois ninguém pode coisa alguma contra a verdade, senão pela verdade.
Pr. Nilvaldo Cavallari

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